Resenha: Rewrite 2 (anime)
@Seiya — 4/9/2017
“Seria possível reescrever o destino dela?” — Tennouji Kotarou
Você pode ler esta resenha independente de ter assistido a temporada anterior, e você entenderá o motivo enquanto ler. Aqui o link para a resenha da 1ª temporada.
A segunda temporada é uma incrííííível evolução comparada à primeira. Por mais que muitos problemas tenham persistido, outras coisas foram corrigidas ou feitas de uma maneira melhor.
O anime começa diretamente dos eventos da temporada anterior, entretanto, se difere ao não dar impressão de um possível harém. Além disto, é direto com quem assiste por causa dos temas apresentados e da natureza do enredo.
Embora ambos animes de Rewrite tenham sofrido pela falta de exposição e explicação sobre o universo como um todo por causa da adaptação apressada, este problema é infinitamente menor aqui. Boa parte desse problema foi resolvido através dos monólogos do Kotarou, o que frequentemente acaba sendo um problema em adaptações de VNs/LNs (e isto é importante, pois um monólogo bem feito é algo que apenas apresenta os pensamentos do personagem em relação ao acontecimento, não sendo necessariamente um diálogo expositivo e deixando-o natural, que é o nosso caso.) Assim, o observador recebe todas as informações necessárias para entender aquilo que se passa, mas ainda deixa a impressão de estar assistindo algo incompleto, que está perdendo algo, acontecendo exatamente pelo fator dos monólogos ser a única coisa que expande o universo.
As cenas originais da primeira temporada, aquelas que queriam reforçar a dinâmica Kotarou-Kagari, definitivamente afetaram a segunda temporada. Por serem cenas originais, foram literalmente irrelevantes ao enredo como um todo, mas esta temporada também teve um grande foco nesta mesma dinâmica, afetando a impressão de como ambos pensam sobre o outro. E como os monólogos citados, acho que devem conseguir imaginar a quantidade de desenvolvimento e foco que o Kotarou conseguiu. Infelizmente, isso fez que todo os outros personagens não recebessem suficiente atenção, deixando todas as outras dinâmicas insuficientes (principalmente Esaka). As 5 heroínas também influenciaram a segunda temporada, mas do jeito oposto às cenas originais: foram personagens irrelevantes, mas afetaram o enrendo como um todo.
A arte e animação, incrivelmente, ficou melhor e mais consistente, principalmente a iluminação. Exceto pelo CGI 3D, todo o resto foi melhorado em relação à primeira temporada, inclusive os designs.
A trilha sonora continuou a mesma coisa, marcante ali, aleatório aqui, e normal por aí.
Diferente da primeira temporada, esta é uma que posso recomendar às pessoas por pura diversão, mesmo que elas se sintam desconectadas. E, incrivelmente, ela funcionaria mesmo sem a primeira temporada, mesmo que diminua o impacto da história. Infelizmente não é algo que posso valorizar como um anime, já que necessita de explicações externas para deixá-la compreensível, mas definitivamente aprecio como uma adaptação, pois a rota Terra definitivamente mantém seu impacto para aqueles que já conhecem de seu enredo.
Enredo: 6.5 / 10 Personagens: 6.5 / 10 Arte: 6.5 / 10 Animação: 5 / 10 Música: 6.5 / 10 Divertimento: 8 / 10 Nota final: 6.5 / 10